sábado, 30 de abril de 2011

No covil: Pensamentos XV.




“É assim mesmo: depois que ousamos chegar à dor do outro, a vida se transforma num absoluto. Em geral, nem sequer chegamos perto do que ocorre no mundo, do que está acontecendo com todos nós, e então perdemos a chance de nos entregarmos, de podermos morrer em paz, permanecendo domesticados na obediência a uma sociedade que não respeita a dignidade humana. Muitos dirão que é melhor não se envolver, porque os ideais acabam sendo aviltados, como esses amores platônicos que parecem corromper-se com a carnalidade. Pode ser que haja certa verdade nisso, mas a dor humana nos reclama”.


Ernesto Sábato.


Saudação Lupina: Ernesto Sábato.



Escrever é um gesto de resistência.

Ernesto Sábato, *24 de Junho de 1911 + 30 de abril de 2011


O pêndulo entre o teu pessimismo e a esperança, Sábato, é a maior expressão da literatura de nosso tempo.


A prisão é solução?



"Dados divulgados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) informam que o Brasil tem a terceira maior população carcerária de todo o mundo, com 494.598 presos. Com essa marca, o País fica atrás apenas dos Estados Unidos, que tem 2.297.400 presos, e da China, com 1.620.000 encarcerados.

Nos últimos cinco anos, houve um crescimento de 37% no número de presos do País. Do total da população carcerária, 44% ainda são presos provisórios, ou seja, esperam o julgamento de seus processos."

A lei de consideração de crimes hediondos e a antecipação da pena pela prisão provisória, todas ações punitivas, causaram apenas problemas, e não resolve a questão do crime comum, passional e do organizado. E além do aumento do número de menores e mulheres no crime, que demonstra o desastre social que estamos inseridos. Tudo por uma política de segurança burra, instituição de proteção mal treinada para prevenção e inteligência, e um judicial inerte e ineficaz.

Tem muita coisa por pensar aqui.


Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100929/not_imp616877,0.php


Ah, post 101!!