quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Na minha árvore.




In My Tree

Up here in my tree, yeah
Newspapers matter not to me, no
No more crowbars to my head, yeah
I'm trading stories with the leaves instead, yeah

Wave to all my friends, yeah
They don't seem to notice me, no
All their eyes trained on the street, yo, oh
Sidewalk cigarettes and scenes, (tem-pted)
Up here so high I start to shake
Up here so high the sky I scrape
I'm so high I hold just one breath here within my chest
Just like innocence

(Eddie's down in his home)
(Oh, the blue sky it's his home)
(Eddie's blue sky home)
(Oh, the blue sky it's his home)

I remember when, yeah
I swore I knew everything, oh yeah
Let's say knowledge is a tree, yeah
It's growing up just like me, yeah
I'm so light the wind he shakes
I'm so high the sky I scrape
I'm so light I hold just one breath and go back to my nest
Sleep with innocence...

Up here so high the boughs they break
Up here so high the sky I scrape
Had my eyes peeled both wide open, and I got a glimpse
Of my innocence... got back my inner sense...
Baby got it, still got it

domingo, 26 de agosto de 2012

Fruta estranha.

Thomas Shipp e Abram Smith, balançando no álamo, na fotografia de Lawrence Beitler, em Marion, Indiana.

Poema "Strange Fruit" escrito por Abel Meeropol, um professor judeu de um colégio do Bronx, condado de NY, após ver as fotos do linchamento acima, que o fotografo havia vendido várias copias para os veículos de comunicação da época.

Transformado em música, fez muito sucesso na voz de Billie Holiday, que gravou mesmo contra a vontade da gravadora Columbia Record, já que eles teriam medo de perder vendas nos estados do sul
. Considerada uma das músicas do século e uma das melhores de todos os tempos, fico com a idéia do New york post, que a define como o hino da resistência negra, a La marserllesa negra.

Com vocês, Miss Holiday:






Mais aqui: 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Strange_Fruit

sábado, 25 de agosto de 2012

O último passo.


Neil Armstrong took one final step today.
August 5, 1930 – August 25, 2012
Rest in peace.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Trem em movimento...


"Você não pode ser neutro num trem em movimento" 
Howard Zinn.
*Nova Iorque, 24 de agosto de 1922 +Santa Mônica, 27 de janeiro de 2010






domingo, 19 de agosto de 2012

Sangue latino.





Para que serve a utopia?



"A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar."

Fernando Birri, Diretor de cinema argentino.



quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Saudações Lupinas: Bukowski.


Hoje o Anjo caído faria 92 anos.



Uma janela de vidros espelhados


cães e anjos não são
muito diferentes.
frequentemente vou comer nesse
lugar
por volta das 2h30 da tarde
porque todas as pessoas que almoçam
ali estão particularmente arruinadas
felizes pelo simples fato de estarem vivas e
comendo feijão
próximas a uma janela de vidros espelhados
que impede a passagem do calor
e não deixa que os carros e as
calçadas cheguem no interior.

podemos tomar quanto café
de graça quisermos
e nos sentamos e em silêncio
bebemos café preto e forte.

é bom estar sentado em algum lugar
neste mundo às 2h30 da tarde
sem sentir-se carneado até o
branco dos ossos. mesmo
estando arruinados, sabemos disso.

ninguém nos incomoda
não incomodamos ninguém.

anjos e cães não são
muito diferentes
às 2h30 da tarde.

tenho minha mesa favorita
e depois de terminar
empilho os pratos, pires,
o copo, os talheres
com cuidado -
faço à sorte minha oferenda -
e lá fora o sol
segue trabalhando bem
descrevendo
seu arco
enquanto aqui dentro
reina
a escuridão.

Charles Bukowski




"O maior poeta americano"
Sartre.



quarta-feira, 8 de agosto de 2012

A que serve a ecologia.


“É precisamente no terreno da ecologia que podemos delinear 
a demarcação entre a política da emancipação e a
política do medo na sua forma mais pura. De longe, a versão predominante
da ecologia é a da ecologia do medo – medo da catástrofe, humana ou
natural, que pode perturbar profundamente ou mesmo destruir a
civilização humana. Essa ecologia do medo tem todas as oportunidades de
se converter na forma ideológica predominante do capitalismo global, um
novo ópio das massas que sucede o da religião. Assume a função
fundamental da religião, aquela de impor uma autoridade inquestionável
que estabelece todo limite. Apesar de os ecologistas exigirem
permanentemente que mudemos radicalmente nossa forma de vida, é
precisamente isso que subjaz a essa exigência no seu oposto, isto é, uma
profunda desconfiança em relação à mudança, em relação ao
desenvolvimento, em relação ao progresso: cada transformação radical
pode conter a consequência inestimada de detonar uma catástrofe. É
exatamente essa desconfiança que converte a ecologia em um candidato
ideal para tomar o lugar de uma ideologia hegemônica, pois faz eco da
desconfiança em relação aos grandes atos coletivos.” 

Trecho entrevista de Zizek para revista Unisinos.



 http://scienceblogs.com.br/discutindoecologia/2011/05/slavoj_zizek_e_o_movimento_
amb/






Acho que a cissão com natureza é temerária, colocar a cultura, e no fim a ciência, como possibilidade de distanciamento daquela, acreditando que seria a única forma de romper a inserção do homem no natural, a última consequência, seria afirmar a dicotomia, na procura da imortalidade.

Mas é no contra-ponto, na necessária ilusão que vivemos para entender a realidade que quero me ater, é nisso que se afirma o homem, e daí vem o sentido, mesmo que temporário da sua vida, e isso não pode ser tirado, mesmo diante da tragédia, mesmo da impossibilidade de vence-la. A ousadia dele seria cobrar essa afirmação, sem ser tolhido por qualquer moral ou ideologial, seja cultural ou natural, acho que aí que está o seu incentivo.


Ainda neste ponto, coloco a questão social, a vida em sociedade foi condição natural, até mesmo a partir dos instintos, para sobrevivermo na natureza, não como inimiga, mas como ambiente, como cenário de nosso ato. Assim, mesmo com a tragicidade da vida, há de se ter alguma resistência, se não pela tentativa de se vencer o fenômeno, que seja pelo menos para reduzir suas sequelas, senão nem importa a ciência, bastaria nos entregarmos ao destino. E não foi assim que aqui chegamos.

No final, o que temos mesmo é nossa cultura, e uma certa responsabilidade por sermos testemunha de toda diversidade, de toda impossibilidade, considerando o instante de equilíbrio casual,e de alguma forma, não sermos o estopim de qualquer coisa que antecipe a nossa destruição. Chegar ao abismo sem inicialmente querer saltar.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

O uivo...


‎...
Epifanias... Geração louca! 
Jogados Nos rochedos do Tempo!
Verdadeiro riso no santo rio! Eles viram tudo! O olhar
selvagem! Os berros sagrados! Eles deram adeus!
Pularam do telhado! Rumo à solidão! Acenando! Levando
flores! Rio abaixo! Rua acima!
... 




Allen Ginsberg, O Uivo.