segunda-feira, 29 de agosto de 2011

domingo, 28 de agosto de 2011

Mundo livre.



O que sempre me deixou consternado é a capacidade do homem tornar outro homem seu escravo, em nome de um deus, do dinheiro ou da violência. Através destas artimanhas, algumas desprezíveis, como a economia global, racismo e sua variação, a xenofobia, sexismo e o especismo - aqui com outro ser vivo, e isso para ter uma "banheira de ouro" - prefiro um dia de sol num rio ou a água da chuva - para mostrar para seus cupinchas o que o seu poder lhe traz de benefício. Mas é assim, sempre foi, e será ainda por muito tempo. Eu que tenho esta mania de pensar em um mundo utópico, como os clãs escoceses na idade média e os dos mongóis pré-históricos, os índios na antiguidade americana ou as tribos na nova guiné. E não, não sou um pensador como Rosseau, se bem que a princípio acho válido, tendo mais para Thoreau e a desobediência civil. Os grandes feitos, a glória, o "nome na história" que moveu esse grandes conquistadores do nada, essa ambição por mais, e que tolamente só destrói o outro lado da "humanidade", ou mesmo o planeta, mas somos assim. Nietzsche explica e espera que o super-homem sobreviva, o ser individualmente completo, que se basta em si, que não sofre influência do estado, da moral estabelecida, da "glória egoísta" ou do poder pelo poder. E assim, de forma anárquica e responsável, ser por todos, e que todo ser senciente tenha direito a este planeta e a vida.

E daí, me pergunto, a que serve todo poder? A que serve todas as ditaduras?



"Eu vejo uma mulher na noite com um bebe em suas mãos
Debaixo de um velho poste de luz ao lado de uma lixeira
Agora, ela joga a criança fora e vai embora
Ela odeia a sua vida e o que ela fez..."


Continuem "cantando rock" por um mundo livre!

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Double Lennon.





Com Lennon e pelo mundo, dê uma chance a paz e conte comigo.





quinta-feira, 11 de agosto de 2011

animals



"I think I could turn and live with the animals, they are so placid and self contained;
I stand and look at them long and long.
They do not sweat and whine about their condition;
They do not lie awake in the dark and weep for their sins;
They do not make me sick discussing their duty to God;
Not one is dissatisfied-not one is demented with the mania of owning things;
Not one kneels to another, nor his kind that lived thousands of years ago;
Not one is responsible or industrious over the whole earth."



Creio que eu poderia transformar-me e viver como os animais.
Eles são tão calmos e donos de si!
Detenho-me para contemplá-los sem parar.
Não se atarantam nem se queixam da própria sorte;
Não passam a noite em claro, remoendo suas culpas,
Nem me aborrecem falando de suas obrigações para com Deus.
Nenhum deles se mostra insatisfeito;
Nenhum deles se acha dominado pela mania de possuir coisas;
Nenhum deles fica de joelhos diante de outro,
Nem diante da recordação de outros da mesma espécie que viveram há milhares de anos.
Nenhum deles é respeitável ou desgraçado em todo o amplo mundo.


sábado, 6 de agosto de 2011

Liberdade e genocídio.



Chamar um genocídio moderno, como o do final da II Grande Guerra, de rosa, só dá para permitir como licença poética, no máximo seria um cogumelo venenoso, não, nem isso, o cogumelo não tem a intenção de matar. A música é tocante e a letra sublima um momento nefasto de tal forma que só a arte tem o direito de fazer. E o fato é um ápice da "Estúpida e inválida" ação humana, a partir do pensamento, também nefasto, nascido na então esquálida Europa, que tinha sido o berço da "civilização", mas passava por uma crise de ideal e econômica.

Um pensamento nascido numa terra então infértil de esperança e cheio de "Rotas alteradas", foi base do totalitarismo, de um nacionalismo xenófobo e na violência do estado. Tudo isto permeado por uma visão religiosa e iluminista deturpada e baseada nas técnicas de propaganda em massa e culto a personalidade e de signos – Tudo que não é muito estranho a humanidade – que deu no holocausto como destino do absurdo no humanismo, que nem para eles era o motivo fim, mas apenas uma extirpação de um mal, uma limpeza.

Mas mesmo toda essa inquietação não admite o que veio depois, na corrida armamentista do racional a partir de conceitos físicos modernos, a criação da bomba atômica, e com o motivo de finalizar mais rapidamente a guerra aguerrida contra os filhos do sol nascente, foi usada de forma indiscriminada contra civis, para causar o maior temor possível, e não contra alvos militares onde o alvo menor era passível de erro e de movimento pífio, e enfim, contra alvos econômicos, talvez com o motivo escuso de enfraquecer ainda mais o derrotado. Todos os motivo racionais para causar o mais espetacular e tétrico flagelo a todos nós, humanos, e aos japoneses em particular. E em nome da liberdade, o ideal humanista pelo iluminismo. E que foi ainda perpetuado por vários anos e exigiu mais vidas, como preço durante a guerra fria, tudo pelo poder econômico e mercantilista.

Só dá para entender tudo isto reconhecendo a contradição humana, onde o maior armamento já pensado, trouxe a paz, mas não a Paz, pois era só medo. Medo que não existe no regime totalitarista e teocrático. E é este o absurdo que vivemos atolados até o pescoço.

Escreveu o velho Hank:

“…

Radiated men will eat the flesh of radiated men

The sea will be poisoned

The lakes and rivers will vanish

Rain will be the new gold

The rotting bodies of men and animals will stink in the dark wind

The last few survivors will be overtaken by new and hideous diseases

O velho solitário, e sacana, entendeu muito bem o nosso tempo.


sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Churrasco metafísico.


Se houvesse um deus, ele deveria dançar, beber e amar às mulheres, e claro, preparar o melhor churrasco e ter a melhor cerveja, bem gelada.

Do resto, de nossas preocupações mundanas, do nosso moralismo funesto, dos dogmas que entorpecem a vida por outra no porvir, depois da morte, ele gargalharia, comprimindo os ombros. Com sua camisa branca e bermuda azul, abrindo um sorriso largo de dentes intramelados, com gordura da linguiça na sua barba e um charuto cubano apagado no canto da boca.

Derrubaria a cerveja no chão, e quase furaria meus olhos com o espeto de maminha... E diria, "Como vocês, os homens, são idiotas!"