domingo, 27 de novembro de 2011

Sob a pele.


Esse vídeo tem cenas fortes, proibidas para pessoas sensíveis. +18.


A minha intenção não é apologia ao terror, a violência ou ao medo. Não, a minha intenção é mostrar o quanto somos alienados e quanto o conceito de liberdade dentro do estado deve ser preservado e vigiado, o Bahrein tem como sistema de governo a monarquia e um 1º ministro que comanda desde a década de 1970, em um regime opressor. Com a intenção de mudança, nascida dentro do berço da primavera árabe, o povo é oprimido de forma moralmente abjeta e com recursos facistas, como esta polícia mercenária, para destruir toda a vontade de mudança.

A polícia de Gaddafi usou crematórios para amedrontar a revolução na Líbia. Tem um vídeo chocante noutro post aqui. No Bahrein a polícia mercenária humilha e mata às pessoas, usando o terror do estado contra população, atiram a esmo e chegam a queimar uma garagem com pessoas dentro.

A democracia é uma instrumento de liberdade, o melhor dentro do contrato social, mas é muito frágil, frágil demais, e liberdade sendo metafísica, mas uma experiência racional, a partir da razão só podemos entende-la em um princípio de igualdade, numa ética que expresse isso. E quem está no poder, não a quer assim, quem está no poder ama este lugar. Mas esta relação deve ser de igualdade e reciprocidade, igualdade porque não há um homem com direito maior a ela que outro e reciprocidade porque vivemos em um sociedade e totalmente dependentes dos outros. Parece simples, mas não o é. Sei que temos pequenas doses deste comportamento nefastos em todo o mundo. E o grande exemplo são os genocídios étnicos que já tivemos, de outros estados contra grupos étnicos, e do próprio estado da etnia. Tudo é egoísmo e violência, precisamos dos outros, para subjugá-los a nosso desejo, em nome de tão diversificados motivos, que só o sentido não é o motivo, e sim, algo que ainda rasteja sob nossa pele, no nosso íntimo, que espero um dia ser sublimado, em arte, se possível.

Tenho esperança que os que sofreram estes horrores, sua cultura e povo, transcendam de alguma forma. E holocaustos, genocídios e crimes contra a humanidade, grandes e pequenos, estão acontecendo agora, neste momento no mundo, desde os crimes étnicos, até contra o individuo, e isso não pode ser esquecido. Já o foco de toda a mídia é para o assassino do homem, a economia, e o homem assassino de Deus, ainda não conseguiu entender sua posição no mundo.

Estes valores podem está cheio do ranço da moral cristã e humanista, mas acredito na esperança como existencialista, e não quero tirar nenhuma de ninguém, pelo contrário.

Assim mesmo não sendo um defensor destes conceitos iluministas e antroponcentristas, acredito na defesa da vida, e mesmo que nós, sendo meros observadores, já que todo construto científico ainda só expande os nossos sentidos e nossa preservação física por mais tempo, e esta última apenas para poucos, ainda precisamos avançar enquanto alteridade e empatia à outros terráqueos.

Será que haverá um dia que um crime contra um homem seja contra toda a humanidade?




"A ânsia de poder não é originada da força, mas da fraqueza."

Erich Fromm




2 comentários:

  1. O Bahrein tem o apoio da Arábia Saudita tanto que
    quando os protestos da primavera árabe chegaram
    ao Bahrein A Arábia Saudita mandou tropas e tanques para ajudar na repressão.
    Quem Manda no mundo são os Americanos e enquanto
    estiverem aliados aos Americanos eles podem fazer o que quiserem.

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  2. oriente médio e qualquer estado banhado a islamismo é difícil de se entender. quem não é estado (teocrático) não faz parte do mundo e aí vc percebe isso nas cenas horripilantes. as ditaduras são assim, denotativas em estados teocráticos e hipócrita (fica na moral) em sociedades de consumo ditas democracia.(avanço?)

    mas o que é democracia? não há poder sem poder. o iluminismo é racional, Voltaire e CIA, queriam convenvcer o mundo com a razão. como se faz isso em mio a islâmicos?

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