segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Frutos da terra.


"Camarada, eu te ensinarei o furor!!!"

Andrè Gide.

"Tu não me dominarás, tristeza! Ouço um canto suave através das lamentações, dos soluços. Um canto cujas palavras invento a meu talante. Um canto que me fortalece o coração quando o sinto prestes a ceder. Um canto que encho com teu nome, Camarada, e com um apelo aos que com ânimo responderão:

Erguei-vos frontes inclinadas! Olhares voltados para os túmulos, erguei-vos. Não para o céu vazio, mas para o horizonte da terra. Para onde te conduzirão teus passos, Camarada, regenerado, valente, disposto a sair desses lugares empestados pelos mortos; deixa tua Esperança transportar-te para a frente. Não permitas que nenhum amor ao passado te retenha... Lança-te para o Futuro! A poesia, cessa de transferí-la para o sonho; saibas vê-la na realidade. E se não estiver nela ainda, coloca-a lá!

As sedes não estancadas, os apetites insatisfeitos, os frêmitos, as esperas vãs, as fatigas, as insônias... que tudo te seja poupado, ah, como o desejaria, Camarada! Inclinar para tuas mãos, teus lábios, os galhos de todas as árvores frutíferas. Fazer ruírem os muros, abaterem-se diante de ti as barreiras sobre as quais o açambarcamento ciumento acaba de escrever: "Entrada proibida. Propriedade particular". Obter enfim que te caiba a recompensa integral de teu trabalho. Erguer tua fronte e permitir enfim que teu coração se encha não mais de ódio e inveja, mas sim de Amor! Sim, permitir enfim que todas as carícias do ar, os raios do Sol e todos os convites à felicidade te atinjam.

Ó tu para quem escrevo – a quem chamava outrora por um nome que hoje se me afigura demasiado dorido, a quem eu agora chamo Camarada – não admitas mais nada de dorido no teu coração.

Saibas obter de ti o que torne a queixa inútil. Não implores mais de ourem o que podes obter.

Eu vivi; é tua vez agora. É em ti que doravante se prolongará minha juventude. Dou-te procuração. Se sentir que sucedes a mim, aceitarei melhor a morte. Transfiro-te minha Esperança.

Sentir-te corajoso permite-me deixar a vida sem lamentos. Toma minha alegria. Faze tua felicidade do aumento da de todos. Trabalha e luta e nenhum mal aceites que possas mudar. Cumpre que saibas repetir sem cessar: depende de mim! Ninguém se conforma sem covardia com todo o mal que depende dos homens. Deixa de acreditar, se jamais o acreditaste, que a sabedoria está na resignação; ou deixa de pretender à sabedoria.

Camarada, não aceites a vida tal qual a propõem os homens. Não cesses de te persuadir que ela poderia ser mais bela, a vida; a tua e a dos outros homens; não uma outra, futura, que nos consolasse desta e nos ajudasse a aceitar sua miséria. Não aceites! Quando começares a compreender que o responsável por todos os males da vida não é Deus, que os responsáveis são os homens, não te conformarás mais com esses males.

Não sacrifiques aos ídolos...."


sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Genocídio, quando isso acaba?



Cenas fortes, que podem assustar pessoas sensíveis.



Resultado da resistência da ditadura Líbia, como forma de assustar e punir os rebeldes. Repete-se um fenômeno aterrorizante da imposição de ideia através da força, o genocídio, como capacidade de odiarmos o diferente ou manter privilégios.

Assim tropeça a humanidade... Assim ela o é.

domingo, 18 de setembro de 2011

#OccupyWallStreet


Watch live streaming video from globalrevolution at livestream.com

Quantos de vocês souberam que houve uma ocupação em Wall Street?

"A única coisa que temos em comum é que somos 99% do povo que não tolera a cobiça e corrupção de 1%", afirma um comunicado publicado no site "Occupy Wall Street".
https://occupywallst.org/

domingo, 11 de setembro de 2011

A civilização.


"Dois anos ele caminha pela terra. Sem telefone, sem piscina, sem animal de estimação, sem cigarros. Liberdade definitiva. Um extremista. Um viajante estético cujo lar é a estrada. Fugindo de Atlanta, não retornarás, porque "o Oeste é o melhor". E agora depois de dois anos errantes chega a última e maior aventura. A batalha final para matar o ser falso interior e concluir vitoriosamente a revolução espiritual. Dez dias e noites de trens de carga e pegando carona trazem-no ao grande e branco Norte. Para não mais ser envenenado pela civilização, ele foge e caminha sozinho sobre a terra para perder-se a natureza."

Alexander Supertramp - Maio de 1992

Os erros não se tornam verdadeiros por se difundir e multiplicar facilmente. Da mesma forma, a verdade não se torna erro pelo fato de ninguém a ver.


Mahatma Gandhi




quarta-feira, 7 de setembro de 2011

O Brasil não conhece o Brasil.


"É indispensável impedir o passado de construir o futuro. Quero dizer, é preciso tirar da gente que nos regeu e infelicitou através dos séculos o poder de continuar conformando e deformando nosso destino. No dia em que todo brasileiro comer todo dia, quando toda criança puder completar a escola, quando todo homem e toda mulher encontrar um emprego estável em que possa progredir, se edificará no Brasil a civilização mais bela deste mundo.Desejo apenas que algum jovem pense que é tempo de tomar esse país nas mãos, para construir aqui a beleza de nação que podemos e havemos de ser."

Darcy Ribeiro


segunda-feira, 5 de setembro de 2011

domingo, 4 de setembro de 2011

McCord e Nietzsche.





"Na afirmação da morte ele se inventa, nada esta estabelecido. Nem a moral, nem deus, nem seu pai, nem o professor, nem o estado o determina, e sim, o momento supremo, aquele em que sua vontade é estabelecida, no enfrentamento. E nesse instante supremo, no seu gesto, ele enfrenta tudo que lhe é contraditório.", e assim escolhe, o sangue em sua farda o inventou novamente.





Especial Nietzsche - Viviane Mosé - Café Filosófico

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Wolves nie vergessen.


Tempos modernos, procurando a sua quimera ou Dandara,
E a esfinge da produção vem e te devora.
A roda então gira, moendo tudo que restara.

Tempos modernos, sua princesa ou seus sonhos de nada,
Mas, branca, branquinha, a minha esperança continua imaculada,
E então esperando, pela a grande esfinge, ser devorada.

E o mesmo que antes, acordar ensanguentado no seu campo de batalha.