"A única forma de aprender é questionando o que se ensina [...] O homem não é nada se não for um contestador."
Sartre
"Um filhote de lobo será sempre lobo, ainda que criado entre os filhos do homem." Ditado Sufi.
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
Só rosnando.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Dança no abismo.
"Aquele que luta com monstros deve acautelar-se para não tornar-se também um monstro. Quando se olha muito tempo para um abismo, o abismo olha para você."Nietzsche.

domingo, 4 de setembro de 2011
McCord e Nietzsche.

Especial Nietzsche - Viviane Mosé - Café Filosófico

quinta-feira, 19 de maio de 2011
Onde está Clark Kent?


sexta-feira, 22 de abril de 2011
Tim Hetherington' movie.
Diary (2010) from Tim Hetherington on Vimeo.

Enquanto isso em Misurata, Líbia - In memorian.




Sexta-feira da paixão+Earth day.
Bom, eu tenho apenas esperança...
Como ele diz, Sartre afirma que nada pode mudar o mundo se não for vontade de todos. Não desse jeito, não foi assim que eles falaram... mas bem que me parece.

terça-feira, 1 de março de 2011
Pela liderança da matilha V.
Dizia o Coelho branco, em "As aventuras de Alice no país das maravilhas".

domingo, 30 de janeiro de 2011
Pela liderança da matilha II.
No Blog do Sakamoto,sobre o Egito.
A informação é inimiga da ditadura, a educação também. Elas promovem o crescimento econômico e social. Mas, de todos os regimes autoritários o mais resistente é o que se esconde atrás de necessidades, da demagógica e escusa criação de necessidades, de um conformismo com as tragédias humanas e com os ensejos apenas individuais.
Já que a informação e a educação são etéreas e é sem valor axiológico determinado, podem ser usadas como a energia atômica, para o bem ou mal. O que nos faz escolhermos um lado ou outro da faca? A dor? O medo? A empatia com o sofrimento alheio? O altruísmo? O prazer?
Não sei. O que usar como referência?
Tudo faz pressão, mas são como falsos nortes, falham em algum momento e nos levam ao erro, como afirma Locke, "O erro não é uma falta de nosso conhecimento, mas um equívoco de nosso julgamento, assentindo a algo que não é verdadeiro". Alguns autores existencialistas colocam que a liberdade e as escolhas são a semente da miséria, pois toda escolha é errada, por não existir sinais no mundo. E o que criaria a falta destes sinais senão o absurdo?. Sartre diz que é preciso escolher mesmo sem referência, como em "A Náusea" tudo é gratuito e sem sentido, e não podemos agir por má-fé, em fuga destas escolhas. Angústia e náusea, então.
Portanto, mesmo com poucos lugares justos, só reconhecendo outro humano como "irmão" na existência, e do seu direito fundamental a vida, é que começo a entender onde podemos chegar. E assim agir por toda a humanidade. Ora, só assim mataremos o assassino do homem.
Lugar comum? Talvez... Precisa ser incomum?

"No Matter Where, No Matter How Tall, All Walls Fall."
No muro israelita, no lado palestino.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Pela liderança da matilha I.
Não o encarei, já sabia quem era, e ele sabia usar aquele estranho olhar quando queria. E eu não queria falar com ele, mas nada podia fazer.
Caiu sobre meu sofá com um ar fúnebre.
- Tá na fase pesada novamente? Apontei para a garrafa.
- Nunca sai... Disse ele carregado de embriaguez e do sotaque francês.
- Isso lhe matou! Retruquei, mas sabendo do meu pecado.
- Dizem que o cigarro mata antes! Acendeu um cigarro, que iluminou seu rosto, seus óculos e o olhar reconhecível em qualquer lugar.
A fumaça encheu minha sala, na TV passava algum documentário sobre engenharia, e deixou azul o vaporado. Ele simplesmente começou a falar:
- Fico perguntado o que você não entendeu, e o que aconteceu com todo aquele impeto que você tinha, agora você vive nesta roda viva de ganhar dinheiro para sobreviver. O engajamento pede e merece sacrifício! Tentei retrucar e ele levantou o copo, pedindo para parar.
- Você vai dizer que só tem adversários e não inimigos, eu sei... Eles usam agora da mesma tática de Goebbels, e sorriem enquanto infiltram em sua mente, mas já não seria aí uma inimigo? Não, você nem sabe por onde começar, você parece que ficou cansado, a vida chutou essa sua bunda e você não fez nada com o que lhe deram.
- Mas...
- Não! Você é produto de tudo que escolheu, você sabe disso, e que besteira é esta que o inferno são os outros?! As suas escolhas são suas, e era isso que o bigodudo cobrava, e não que todas as verdades são certas, mas você preferiu se embriagar e reclamar como o Hank! Um labirinto de canos...
- Nem tocar um instrumento você aprendeu! Tomou o resto do whisky do copo.
- Depois dos Beatles e os clássicos, fiquei sem graça! Pausa eterna.
- Ahh, você ficou muito bom em dá desculpas! Isso sim! Nunca tentou escrever?
- Não... Tentei, mas erro em lógica e gramática.
- Você não lia Shakespeare, Tolstoi, Fiodor, Dante, Thoreau, Kant?! Germinal! Droga, você leu Germinal. Você leu Steinbeck!! O que ficou?! Outra eternidade de pausa.
Levantou-se, e parado, olhando para mim, praguejou:
- Não foi para homens como você que eu escrevi.
Hoje realmente eu não queria falar com ele. Tentei tomar a garrafa enquanto ele sai, não tinha nada para beber na geladeira nem na estante. Nem um bar aberto nesta segunda maldita.
- Hoje você não vai ter nenhum alento! Disse ele.
E saiu, como chegou. Deixou-me nocauteado, sua esquiva e o direto no fígado estão perfeitos.
