terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Homem de nada II.

 Saturno devora seus filhos, Goya.

"Nós que viemos da loucura, do caos, do nada, e nos reconhecemos aqui, e apreendemos as idéias dos outros homens e da ideologia existente e ainda nos tornamos vazios, homens de nada.

Lembro, então, que quem contesta é o indivíduo, sujeito a humores, movido a suas vísceras e ideais. E como diz Wallerstein, é mesmo assim, nestes tempos de superestrutura que se enraíza o determinado, e se ajusta quando empurrado em suas colunas, e então moe carne de homens contestadores, como o Saturno de Goya. Mas é quando esta estrutura entra em colapso, que sobressai o novo homem, e novo não quer dizer melhor, mas então, creio que só um homem livre pode entender de liberdade.

Livre da ideologia imposta, da moral da comiseração e crendo na empatia da diversidade, esse homem pode construir algo, sob ideais de igualdade, da verdadeira democracia e na diversidade .

Esse seria um caminho, homem de nada?".

Harry Dirt
 

"Talvez a miséria tenha chegado. Não se pode viver da própria alma. Não se pode pagar o aluguel com a alma. Experimente fazer isso um dia. É o início do Declínio e a Queda do Ocidente, como Splenger dizia. Todo mundo é tão ganancioso e decadente, a decomposição realmente começou. Eles matam gente aos milhões nas guerras e dão medalhas por isso. Metade das pessoas deste mundo vai morrer de fome enquanto a gente fica por aí sentado vendo TV."
          Charles Bukowski.
 
 


Sorrow.