No Blog do Sakamoto,sobre o Egito.
A informação é inimiga da ditadura, a educação também. Elas promovem o crescimento econômico e social. Mas, de todos os regimes autoritários o mais resistente é o que se esconde atrás de necessidades, da demagógica e escusa criação de necessidades, de um conformismo com as tragédias humanas e com os ensejos apenas individuais.
Já que a informação e a educação são etéreas e é sem valor axiológico determinado, podem ser usadas como a energia atômica, para o bem ou mal. O que nos faz escolhermos um lado ou outro da faca? A dor? O medo? A empatia com o sofrimento alheio? O altruísmo? O prazer?
Não sei. O que usar como referência?
Tudo faz pressão, mas são como falsos nortes, falham em algum momento e nos levam ao erro, como afirma Locke, "O erro não é uma falta de nosso conhecimento, mas um equívoco de nosso julgamento, assentindo a algo que não é verdadeiro". Alguns autores existencialistas colocam que a liberdade e as escolhas são a semente da miséria, pois toda escolha é errada, por não existir sinais no mundo. E o que criaria a falta destes sinais senão o absurdo?. Sartre diz que é preciso escolher mesmo sem referência, como em "A Náusea" tudo é gratuito e sem sentido, e não podemos agir por má-fé, em fuga destas escolhas. Angústia e náusea, então.
Portanto, mesmo com poucos lugares justos, só reconhecendo outro humano como "irmão" na existência, e do seu direito fundamental a vida, é que começo a entender onde podemos chegar. E assim agir por toda a humanidade. Ora, só assim mataremos o assassino do homem.
Lugar comum? Talvez... Precisa ser incomum?
"No Matter Where, No Matter How Tall, All Walls Fall."
No muro israelita, no lado palestino.