sábado, 10 de dezembro de 2011

FLY!


Ele tinha tudo para dá certo. Boa pessoa, respeitoso das regras, desta e da outra vida. Quando os tempos mudaram, e nada poderia salva-lo. Os que hora descansaram a cabeça em seu ombro, Que ficaram sob a sombra, sua vasta e acolhedora sombra, Os que se esconderam em suas folhas, em algum momento, o deixaram só. Agora, ele ficou só naquele corredor, só, você imagina o que é isso? Trancado nele mesmo. Quando ele saiu, os olhares mudaram. Quando ele os procurou, as suas caras de asco o jogou novamente, naquele corredor, escuro. Ele então procurou o oceano, que nada julga, que só envolve. Que a seu tio louco, deu a paz. Sentado na calçada, caminhando na estrada, ele olhava o mar. Quando uma onda lhe deu um soco direto no queixo. Deixando-o de joelhos. E então, entregou-lhe, novamente, asas. Agora, ele não era grande, ele voava. De braços bem abertos, pisando sobre o mar, ele voltou para casa. Para onde nunca deveria ter saído. Mas... Algo dentro dele, o fez retroceder, tolice, Eles não se importam, com a possível chave que os libertam de si mesmo. Eles não se importam. Assim, ele foi ofendido, despido de tudo que ele ainda acreditava. Por homens sem dicernimento. Bem, foda-se... Agora ele voa. E é isso o que ele prega agora, É só o amor que o interessa. E esse ponto no céu, que você vê, é o homem que sabe voar. Inteiro e bastante.