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sábado, 4 de junho de 2016

Ali bomaye!


The Rumble in the Jungle é a histórica luta de boxe de 30 de Outubro de 1974, entre  Foreman and Ali, no Estádio 20 de Maio em Kinshasa/Zaire, hoje Congo.

Foreman muito mais jovem, maior envergadura, mais forte e de punch conhecido, que lhe dava ferocidade e invencibilidade, era o favorito.

A estratégia do inteligente Ali era resistir e cansar seu oponente, e provocar, desmoronar a alma de Foreman antes do físico. Provocou antes da luta fazendo o povo gritar "Ali Bomaye!", algo como "Mata ele,  Ali!", e, entre os socos duros que levava na luta, enquanto usava seu talento e esquivava, dava clinches e usava as cordas, falava ao pé do ouvido de Foreman: "É só isso que você tem?" ou "Me disseram que você batia forte!" ou ainda "Minha mãe bate mais forte que você!".

Quando a louca estratégia deu certo no oitavo assalto, Ali usou sua técnica final, deu uma sequência de jabs, uppers e diretos, cinco golpes ao total e viu a queda do gigante. Venceu a luta.

Mas, Foreman diz deste momento, na foto: "Eu estava ali caindo, abatido, qualquer lutador naquele momento daria o soco final, eu daria. Vi que ele fechou o punho, mas não bateu. Naquele momento, deixei de odiar o lutador e passei a admirar o homem".

Tem tudo nesta história, coragem, talento, dedicação, técnica no esporte, respeito, mais o choque de titãs, de lendas, e agora um mito.

Ali bomaye!

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Ainda sem destino.


Easy Rider, 45 anos "Sem Destino".

"I mean, it's real hard to be free when you are bought and sold in the marketplace."

George Hanson, a consciência da realidade em forma de advogado bêbado desajustado da sociedade que vê.


Steppenwolf - Born To Be Wild

domingo, 9 de março de 2014

Saudações Lupinas: 20 anos da gargalhada perfeita.




Não sei quanto às outras pessoas, mas quando me abaixo para colocar os sapatos de manhã, penso, Deus Todo-Poderoso, o que mais agora?"
Charles Bukowski, ( *16 de agosto de 1920 , +9 de março de 1994)


sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Saudações Lupinas: Morreu um homem, fica o mito.




...

Não importa quão estreito o portão
Quão
repleta de castigo a sentença,
Eu sou o senhor de meu destino
Eu sou o capitão de minha alma.

Valeu, Madiba!

domingo, 15 de setembro de 2013

Into Wild Road.




 


"I'm a man of means by no means, king of the road."

King Of The Road,
Roger Miller, 1964.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Contra o mundo.


Son House: Um homem, e sua guitarra, contra o mundo.



domingo, 12 de maio de 2013

Arrogância santa.




"E ainda assim, é importante que nós tenhamos alguma direção, para que saibamos quais são os objetivos impossíveis que estamos tentando alcançar, se esperamos alcançar alguns dos objetivos possíveis. Isso significa que temos que ser arrogantes o suficiente para especular e tentar criar teorias sociais baseadas no conhecimento parcial, enquanto permanecemos muito abertos para a forte possibilidade, de fato para a avassaladora probabilidade, de que estejamos na verdade muito longe do ideal."

Noam Chomsky.




É o que penso aquando me questionam sobre a natureza humana e a necessidade do idealismo, e enfim, a utopia. O que se adequa a citação de Fernando Birri, cineasta argentino: 


"- Utopia [...] ella está en el horizonte. Me acerco dos pasos, ella se aleja dos pasos. Camino diez pasos y el horizonte se corre diez pasos más allá. Por mucho que yo camine, nunca la alcanzaré. Para que sirve la utopia? Para eso sirve: para caminar."

Citado por Eduardo Galeano in Las palabras andantes - Página 310

sábado, 11 de maio de 2013

Um minuto de silêncio.


(Nine Mile, 6 de fevereiro de 1945 — Miami, 11 de maio de 1981)

sábado, 27 de abril de 2013

Murmúrios.



Não creio ser um homem que saiba. Tenho sido sempre um homem que busca, mas já agora não busco mais nas estrelas e nos livros: Começo a ouvir os ensinamentos que meu sangue murmura em mim. Não é agradável a minha história, não é suave e harmoniosa como as histórias inventadas; sabe a insensatez e a confusão, a loucura e o sonho, como a vida de todos os homens que já não querem mais mentir a si mesmos.

Demian, Hermann Hesse.



quinta-feira, 7 de março de 2013

Leiam Brecht!




Aos que vierem depois de nós
Bertolt Brecht
(Tradução de Manuel Bandeira)

Realmente, vivemos muito sombrios!
A inocência é loucura. Uma fronte sem rugas
denota insensibilidade. Aquele que ri
ainda não recebeu a terrível notícia
que está para chegar.

Que tempos são estes, em que
é quase um delito
falar de coisas inocentes.
Pois implica silenciar tantos horrores!
Esse que cruza tranqüilamente a rua
não poderá jamais ser encontrado
pelos amigos que precisam de ajuda?

É certo: ganho o meu pão ainda,
Mas acreditai-me: é pura casualidade.
Nada do que faço justifica
que eu possa comer até fartar-me.
Por enquanto as coisas me correm bem
(se a sorte me abandonar estou perdido).
E dizem-me: "Bebe, come! Alegra-te, pois tens o quê!"

Mas como posso comer e beber,
se ao faminto arrebato o que como,
se o copo de água falta ao sedento?
E todavia continuo comendo e bebendo.

Também gostaria de ser um sábio.
Os livros antigos nos falam da sabedoria:
é quedar-se afastado das lutas do mundo
e, sem temores,
deixar correr o breve tempo. Mas
evitar a violência,
retribuir o mal com o bem,
não satisfazer os desejos, antes esquecê-los
é o que chamam sabedoria.
E eu não posso fazê-lo. Realmente,
vivemos tempos sombrios.


Para as cidades vim em tempos de desordem,
quando reinava a fome.
Misturei-me aos homens em tempos turbulentos
e indignei-me com eles.
Assim passou o tempo
que me foi concedido na terra.

Comi o meu pão em meio às batalhas.
Deitei-me para dormir entre os assassinos.
Do amor me ocupei descuidadamente
e não tive paciência com a Natureza.
Assim passou o tempo
que me foi concedido na terra.

No meu tempo as ruas conduziam aos atoleiros.
A palavra traiu-me ante o verdugo.
Era muito pouco o que eu podia. Mas os governantes
Se sentiam, sem mim, mais seguros, — espero.
Assim passou o tempo
que me foi concedido na terra.

As forças eram escassas. E a meta
achava-se muito distante.
Pude divisá-la claramente,
ainda quando parecia, para mim, inatingível.
Assim passou o tempo
que me foi concedido na terra.

Vós, que surgireis da maré
em que perecemos,
lembrai-vos também,
quando falardes das nossas fraquezas,
lembrai-vos dos tempos sombrios
de que pudestes escapar.

Íamos, com efeito,
mudando mais freqüentemente de país
do que de sapatos,
através das lutas de classes,
desesperados,
quando havia só injustiça e nenhuma indignação.

E, contudo, sabemos
que também o ódio contra a baixeza
endurece a voz. Ah, os que quisemos
preparar terreno para a bondade
não pudemos ser bons.
Vós, porém, quando chegar o momento
em que o homem seja bom para o homem,
lembrai-vos de nós
com indulgência.




sexta-feira, 1 de março de 2013

40 anos depois.

The Great Gig in the Sky, com Clare Torry.



 Disco 'Dark Side of the Moon' completa 40 anos hoje.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Subversivo.

Aaron Swart  *Chicago, 8 de novembro de 1986  +Nova Iorque, 11 de janeiro de 2013

Não tenho nada para falar deste subversivo, não mais que a Jornalista Eliane Brum.


 – Eu sinto fortemente que não é suficiente simplesmente viver no mundo como ele é e fazer o que os adultos disseram que você deve fazer, ou o que a sociedade diz que você deve fazer. Eu acredito que você deve sempre estar se questionando. Eu levo muito a sério essa atitude científica de que tudo o que você aprende é provisório, tudo é aberto ao questionamento e à refutação. O mesmo se aplica à sociedade. Eu cresci e através de um lento processo percebi que o discurso de que nada pode ser mudado e que as coisas são naturalmente como são é falso. Elas não são naturais. As coisas podem ser mudadas. E mais importante: há coisas que são erradas e devem ser mudadas. Depois que percebi isso, não havia como voltar atrás. Eu não poderia me enganar e dizer: “Ok, agora vou trabalhar para uma empresa”. Depois que percebi que havia problemas fundamentais que eu poderia enfrentar, eu não podia mais esquecer disso.



Não tem mais o que falar...

A não ser: "Escutem aqui, vermes!!! Vocês não são especiais. Vocês não são um belo ou único floco de neve. Vocês são feitos da mesma matéria orgânica em decomposição como tudo no mundo." Clube da luta.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Saudação Lupina: Manoel de Barros.


*Cuiabá (MT) no Beco da Marinha, beira do Rio Cuiabá, em 19 de dezembro de 1916


"Quem anda no trilho é trem de ferro, sou água que corre entre pedras: liberdade caça jeito."
Manoel de Barros

Parabéns, poeta!

http://palavrassimpaticas.wordpress.com/category/poesia-manoel-de-barros/

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Contando os dias para o fim do mundo.



Oh! Mundo cruel, Ouçam, seus dias estão contados!

Mas enquanto isso, ouçam o Monk!!



Yeah!!

domingo, 26 de agosto de 2012

Fruta estranha.

Thomas Shipp e Abram Smith, balançando no álamo, na fotografia de Lawrence Beitler, em Marion, Indiana.

Poema "Strange Fruit" escrito por Abel Meeropol, um professor judeu de um colégio do Bronx, condado de NY, após ver as fotos do linchamento acima, que o fotografo havia vendido várias copias para os veículos de comunicação da época.

Transformado em música, fez muito sucesso na voz de Billie Holiday, que gravou mesmo contra a vontade da gravadora Columbia Record, já que eles teriam medo de perder vendas nos estados do sul
. Considerada uma das músicas do século e uma das melhores de todos os tempos, fico com a idéia do New york post, que a define como o hino da resistência negra, a La marserllesa negra.

Com vocês, Miss Holiday:






Mais aqui: 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Strange_Fruit

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Trem em movimento...


"Você não pode ser neutro num trem em movimento" 
Howard Zinn.
*Nova Iorque, 24 de agosto de 1922 +Santa Mônica, 27 de janeiro de 2010






domingo, 19 de agosto de 2012

Para que serve a utopia?



"A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar."

Fernando Birri, Diretor de cinema argentino.