domingo, 8 de julho de 2012

Feno para cavalos.





Feno para os cavalos


Gary Snyder


Ele guiava metade da noite
De muito abaixo de San Joaquin
Através de Mariposa, subindo as
Estradas perigosas do morro,
E arribou pelas 8 da manhã
Com seu baita carreto de feno
atrás do celeiro. 
Com guinchos e cabos e braço
Empilhamos os fardos em cima
De vigas de sequóia espaçadas
Alto na sombra, flocos de alfafa
Rodando pelas telhas-frestas de luz,
Comichar da poeira do capim seco na
camisa suada e nos calçados.
No horário do almoço sob o carvalho
Na entrada do estábulo abafado,
---A égua velha fuçando no cocho,
Gafanhotos ziziando nos matos---
"Eu tenho sessenta e oito" disse ele
"Na primeira carga de feno eu tinha dezesseis.
Eu pensei, naquele dia em que começava,
Por certo odiaria fazer isto toda a vida.
E dane-se, não foi mais nada
O que eu fui e fiz."


Tradução Adriandos Delima