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sábado, 4 de fevereiro de 2012

Use e jogue fora.


Ápice do pensamento capitalista e da razão??!

Nós formulamos o seu desejo e programamos o seu consumo.

Pergunto: Para quê?


segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

200

Esse é o post 200 e vou entrar com um assunto velho e novo para mim, a partir desta "Carta para as futuras gerações, por Ilya Prigogine"



"...

A que ponto chegamos? Estou convencido de que estamos nos aproximando de uma bifurcação conectada ao progresso da tecnologia da informação e a tudo que a ela se associa como a multimídia, robótica e inteligência artificial. Essa é a "sociedade de rede", com seus sonhos de aldeia global.

Mas qual será o resultado dessa bifurcação? Em qual de seus ramos nos encontraremos? A palavra "globalização" cobre uma grande variedade de situações diferentes? E possível que os imperadores romanos já estivessem sonhando com globalização, uma cultura única dominando o mundo. A preservação do pluralismo cultural e o respeito pelo outro exigirá toda a atenção das gerações futuras. Mas há outros riscos no horizonte.

Cerca de 12 mil espécies de formigas são conhecidas hoje. Suas colônias variam de algumas centenas a muitos milhões de indivíduos. E interessante notar que o comportamento das formigas depende do tamanho da colônia. Em colônias pequenas, a formiga se comporta de forma individualista, procurando comida e a levando de volta ao ninho. Quando a colônia é grande, porém, a situação muda e a coordenação de atividades se toma essencial. Estruturas coletivas surgem espontaneamente, então, como resultado de reações autocatalíticas entre formigas que produzem trocas de informação medidas quimicamente.

Não é coincidência que nas grandes colônias de formigas ou térmites os insetos individuais se tomem cegos. O crescimento populacional transfere a iniciativa do indivíduo para a coletividade.

..."


Leia o resto aqui: http://fiquelouco.blogspot.com/2007/11/e-com-vocs-ilya-prigogine-carta-para-as.html




E obrigado aos que se importam e enxergam. 

 

sábado, 6 de agosto de 2011

Liberdade e genocídio.



Chamar um genocídio moderno, como o do final da II Grande Guerra, de rosa, só dá para permitir como licença poética, no máximo seria um cogumelo venenoso, não, nem isso, o cogumelo não tem a intenção de matar. A música é tocante e a letra sublima um momento nefasto de tal forma que só a arte tem o direito de fazer. E o fato é um ápice da "Estúpida e inválida" ação humana, a partir do pensamento, também nefasto, nascido na então esquálida Europa, que tinha sido o berço da "civilização", mas passava por uma crise de ideal e econômica.

Um pensamento nascido numa terra então infértil de esperança e cheio de "Rotas alteradas", foi base do totalitarismo, de um nacionalismo xenófobo e na violência do estado. Tudo isto permeado por uma visão religiosa e iluminista deturpada e baseada nas técnicas de propaganda em massa e culto a personalidade e de signos – Tudo que não é muito estranho a humanidade – que deu no holocausto como destino do absurdo no humanismo, que nem para eles era o motivo fim, mas apenas uma extirpação de um mal, uma limpeza.

Mas mesmo toda essa inquietação não admite o que veio depois, na corrida armamentista do racional a partir de conceitos físicos modernos, a criação da bomba atômica, e com o motivo de finalizar mais rapidamente a guerra aguerrida contra os filhos do sol nascente, foi usada de forma indiscriminada contra civis, para causar o maior temor possível, e não contra alvos militares onde o alvo menor era passível de erro e de movimento pífio, e enfim, contra alvos econômicos, talvez com o motivo escuso de enfraquecer ainda mais o derrotado. Todos os motivo racionais para causar o mais espetacular e tétrico flagelo a todos nós, humanos, e aos japoneses em particular. E em nome da liberdade, o ideal humanista pelo iluminismo. E que foi ainda perpetuado por vários anos e exigiu mais vidas, como preço durante a guerra fria, tudo pelo poder econômico e mercantilista.

Só dá para entender tudo isto reconhecendo a contradição humana, onde o maior armamento já pensado, trouxe a paz, mas não a Paz, pois era só medo. Medo que não existe no regime totalitarista e teocrático. E é este o absurdo que vivemos atolados até o pescoço.

Escreveu o velho Hank:

“…

Radiated men will eat the flesh of radiated men

The sea will be poisoned

The lakes and rivers will vanish

Rain will be the new gold

The rotting bodies of men and animals will stink in the dark wind

The last few survivors will be overtaken by new and hideous diseases

O velho solitário, e sacana, entendeu muito bem o nosso tempo.


sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Churrasco metafísico.


Se houvesse um deus, ele deveria dançar, beber e amar às mulheres, e claro, preparar o melhor churrasco e ter a melhor cerveja, bem gelada.

Do resto, de nossas preocupações mundanas, do nosso moralismo funesto, dos dogmas que entorpecem a vida por outra no porvir, depois da morte, ele gargalharia, comprimindo os ombros. Com sua camisa branca e bermuda azul, abrindo um sorriso largo de dentes intramelados, com gordura da linguiça na sua barba e um charuto cubano apagado no canto da boca.

Derrubaria a cerveja no chão, e quase furaria meus olhos com o espeto de maminha... E diria, "Como vocês, os homens, são idiotas!"



sábado, 25 de junho de 2011

Todos os poemas têm lobos dentro XVIII.


A Base de Toda a Metafísica

Walt Whitman, in "Leaves of Grass".

E agora, cavalheiros, eu vos deixo
uma palavra
que fique nas vossas mentes
e nas vossas memórias
como princípio e também como fim
de toda a metafísica.

(Tal qual o professor aos estudantes
ao encerrar o seu curso repleto.)

Tendo estudado antigos e modernos,
sistemas dos gregos e dos germânicos,
tendo estudado e situado Kant,
Fichte, Schelling e Hegel,
situado a doutrina de Platão,
e Sócrates superior a Platão,
e outros ainda superiores a Sócrates
buscando pesquisar e situar,
tendo estudado bastante o divino Cristo,
eu vejo hoje reminiscências daqueles
sistemas grego e germânico,
deparo todas as filosofias,
templos e dogmas cristãos encontro,
e mesmo sem chegar a Sócrates eu vejo
com absoluta clareza,
e sem chegar até o divino Cristo,
eu vejo
o puro amor do homem por seu camarada,
a atração de um amigo pelo amigo,
de uma mulher pelo marido e vice-versa
quando bem conjugados,
de filhos pelos pais, de uma cidade
por outra, de uma terra
por outra.


sexta-feira, 3 de junho de 2011

Imersos em nossa soberba.



Incrível e simbólica foto sobre a nossa ignorância e burrice de não saber tratar o lixo e o consumo desenfreado.

Mais no link do IG: http://especiais.ig.com.br/zoom/dia-mundial-do-meio-ambiente-cenas-de-reciclagem-pelo-mundo/

sábado, 30 de abril de 2011

No covil: Pensamentos XV.




“É assim mesmo: depois que ousamos chegar à dor do outro, a vida se transforma num absoluto. Em geral, nem sequer chegamos perto do que ocorre no mundo, do que está acontecendo com todos nós, e então perdemos a chance de nos entregarmos, de podermos morrer em paz, permanecendo domesticados na obediência a uma sociedade que não respeita a dignidade humana. Muitos dirão que é melhor não se envolver, porque os ideais acabam sendo aviltados, como esses amores platônicos que parecem corromper-se com a carnalidade. Pode ser que haja certa verdade nisso, mas a dor humana nos reclama”.


Ernesto Sábato.


Saudação Lupina: Ernesto Sábato.



Escrever é um gesto de resistência.

Ernesto Sábato, *24 de Junho de 1911 + 30 de abril de 2011


O pêndulo entre o teu pessimismo e a esperança, Sábato, é a maior expressão da literatura de nosso tempo.


sexta-feira, 22 de abril de 2011

Enquanto isso em Misurata, Líbia - In memorian.


"When I give talks or lectures people often ask me my personal feelings about war, usually I dodge the question. Sometimes I say that I don't expect my pictures to stop wars, but rather I hope they help citizens to understand what going to war means. On that level at least, I think the Tal Afar pictures fulfill my goals as a photographer; for they shine a rare and unsparing light onto war's brutal-yet-routine realities. And people should know about them."

‎"Exultant Commander" - MONROVIA, LIBERIA - JULY 2 - CRIS HONDROS - March 14, 1970 – April 20, 2011*.







"For me, the utility of my work is very important," he said, "Where can we push documentary? where can we put it? because for me, that's what differentiates me from an artist.".

Liberia Retold - LIBERIA - TIM HETHERINGTON - 5 December 1970* - 20 April 2011+.




Minhas saudações a estes olhos enganjados, propostos em nos mostrar o mundo, duro mundo, diferente das propagandas de refrigerantes e celulares...

segunda-feira, 28 de março de 2011

Grão de arroz.


Eu tenho escutado e lido Marinho, a sua eloquência e seu pensamento claro é interessante, me preocupo pela questão mística, mas não o censuro, longe de mim, acho que se somos energia, temos frequência. Bom, se daí existe um lugar para chegar, ou perfeição e eternidade, o caos é assim também. Mas como não discuto religião, e sim, o comportamento e consequencia delas, não é o caso. Mostro este video por uma frase que acho sensacional, que fala muito do que penso sobre a nossa soberba cientifica e os ideais iluministas. Ela está quase perdida, e num frame mal editado quase nem é dita. Mas quero fazer vocês pensarem sobre ela.


Bem, não concordo com tudo o que ele diz, mas concordo com a maioria, e sendo coerente e me parece sincero, então decidi postar.


Antes que o dia desabe, vamos lá:



"Temos a razão do tamanho de um grão de arroz, e queremos explicar todo o universo." Eduardo Marinho.



Falo "vocês" como se uma multidão -se isto aqui. rs!


sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Pela liderança da matilha IV.


Vejam os feitos culturais memoráveis no Brasil dos últimos cem anos.

Vejam os acontecimentos políticos conseqüentes e as lutas populares quase sempre perdidas. Tento sempre assumir o olhar do povo olhando os ricos viverem e se regalarem; mas vivendo, ele também, com essa alegria tão miraculosa para gente oprimida e esfomeada.

Há tanta história escrita por aí, tanta crônica folhuda, tanta sociologia resignada interpretando o sucedido! Há tudo isso, mas há também esse imenso vazio de desmemória, a fazer de nós um país eternamente inaugural.

É hora de lavar os olhos para ver nossa realidade, é hora de passar o Brasil a limpo para que o povão tenha vez. É indispensável impedir o passado de construir o futuro. Quero dizer, é preciso tirar da gente que nos regeu e infelicitou através dos séculos o poder de continuar conformando e deformando nosso destino. No dia em que todo brasileiro comer todo dia, quando toda criança puder completar a escola, quando todo homem e toda mulher encontrar um emprego estável em que possa progredir, se edificará no Brasil a civilização mais bela deste mundo.

Desejo apenas que algum jovem pense que é tempo de tomar esse país nas mãos, para construir aqui a beleza de nação que podemos e havemos de ser.

Darcy Ribeiro, Antropólogo, escritor, poeta, Etnólogo, e dono de uma total falta de senso comun e bom senso.


O que falta?

Senão aquela vontade imperscrutável, aquela força de crença em um ideal, a vontade suprema e inviolável de mudar as coisas.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

No covil: Pensamentos VI.



Capitalismo de simulacro: a Coca-cola é o refrigerante que mais vende e mesmo assim é o mais caro.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Todos os poemas têm lobos dentro III.



Acreditei nos meus pais... Acreditei em deus... Acreditei em meu país... Acreditei nos homens... Acreditei no amor... Acreditei na razão... Acreditei na arte... Acreditei em mim... Agora, não há mais nada para acreditar.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

No covil: Pensamentos I.

Tiamat e Marduk.


"A realidade é meramente uma ilusão apesar de ser uma ilusão muito persistente."

Albert Einstein

sábado, 22 de janeiro de 2011

A razão e a loucura falam da mesma coisa.


O excêntrico e genial Zizek e o simpático, e também genial, Touraine, falam de uma nova versão da eterna briga "da direita vs a esquerda".




Zizek, filósofo esloveno, fala sobre uma nova divisão:"Zizek identifica a emersão de um partido que se posiciona a favor do capitalismo globalizado, geralmente com relativa tolerância ao aborto, direitos homossexuais, religião e minorias étnicas. E, em oposição a esse partido, há um agrupamento popular anti-imigrantes cada vez mais forte, que está acompanhado diretamente por grupos neofascistas. Nesse ambiente de despolitização das administrações pós-ideológicas – que, para Zizek, conforma uma 'dinâmica perigosa' –, a única maneira de mobilizar as pessoas é provocar o medo (ameaça imigrante, por exemplo).". Esta é uma dura visão social, longe da plataforma política, centro-direita vs centro-esquerda, que atualmente se apresenta no ocidente, e que estendia as suas teias.



Touraine, sociólogo francês, fala de um movimento xenófobo entranhado no pensamento europeu, e antes disso, do mesmo capitalismo pós-globalizado, capitalismo que já fugiu do controle das potências de viés liberal, e no construto individual da sociedade pós-revolução e de um modelo, relutante é ele agora em afirmar, mas não encontra outra palavra, fascista.

No primeiro, o socialismo agora está na vez, pois é no social que se preserva o homem, ou a nossa humanidade. O segundo também, mas não enquanto socialismo, pois não há espaço para o social, mas enquanto direitos humanos, temos que combater a violência, e a do estado principalmente - soa como Derrida.

Está obscuro para mim, estão falando de uma nova "moeda", de um novo valor, mais cru, mais direto, e então mais entregue ao radicalismo? O que vem por ai, uma sociedade de valores axiológicos diretos, claros e distantes, que não há mais saída senão o combate violento "casa a casa", rua de baixo contra a rua de cima?

Mais viceral o conceito, mais dogmático e menos ético.

Alain, de cima de sua sabedoria, pode dizer que a crise que agora está será social, será então normal?

Aqui você assiste a Alain Touraine, Milênio - Globonews.
http://globonews.globo.com/platb/milenio/2011/01/17/dom-da-premonicao/

Novo link da entrevista.
https://www.youtube.com/watch?v=nV4ApCsTwyU


"O absurdo mantêm sua mente aberta." Dr.Seuss.