“É assim mesmo: depois que ousamos chegar à dor do outro, a vida se transforma num absoluto. Em geral, nem sequer chegamos perto do que ocorre no mundo, do que está acontecendo com todos nós, e então perdemos a chance de nos entregarmos, de podermos morrer em paz, permanecendo domesticados na obediência a uma sociedade que não respeita a dignidade humana. Muitos dirão que é melhor não se envolver, porque os ideais acabam sendo aviltados, como esses amores platônicos que parecem corromper-se com a carnalidade. Pode ser que haja certa verdade nisso, mas a dor humana nos reclama”.
Ernesto Sábato.
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