Lápide ( ARIANO SUASSUNA )
Com tema de Virgílio, o Latino, e Lino Pedra-Azul, o Sertanejo
Quando eu morrer, não soltem o meu Cavalo
nas pedras do meu Pasto incendiado:
fustiguem-lhe seu Dorso alardeado,
com a Espora de ouro, até matá-lo.
Um dos meus filhos deve cavalgá-lo
numa Sela de couro esverdeado,
que arraste pelo Chão pedroso e pardo
chapas de Cobre, sinos e badalos.
Assim, com o Raio e o cobre percutido,
tropel de cascos, sangue Castanho,
talvez se finja o som de Ouro fundido.
que, em vão - Sangue insensato e vagabundo -
tentei forjar, no meu Cantar estranho,
à tez da minha fera e ao Sol do mundo!
belo soneto. ariano é praia nossa, areia farta, conforto para os pés e para a mente. o chão duro do nordeste fez a alma dura do homem nordestino. seus filhos curtindo ao sol, e da boca escorre a aguardente do mundo.
ResponderExcluirpu... que... pariu. duas semanas já se passaram. saudades da Vera lavando as mãos na bica gelada.
Tentamos isso, fazer ouro do dia-a-dia, dos que nos enobrece, só por podermos contar sempre com eles, a forjar nossa tez de fera, neste sol árduo, ou nos dias de intenso frio.
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