sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Simulacros e óleo.




O radicalismo muçulmano agora tem outra denominação, a partir da diminuição do poder dos xiitas Aiatolás até a primavera árabe, sendo pulverizada as forças entre as várias correntes de interpretação do Alcorão.

Agora navega nas correntes dos Whabbitas aos Sulafitas, expressões do extremismo de ações e radicalismo de costumes agora sunitas. Que reforçaram o ódio contra Israel, e seu consorte o USA'n'abusa, e nesse show de horrores e tendo como alcoviteira a velocidade das plataformas de informação, pois entre a geração de um filme idiota criado por um Copta e a morte do embaixador americano passaram apenas algumas horas. 

Os Sunitas Whabbitas foram representados pelo grupo radical de Bin Laden, e agora os Sunitas Salafitas, responsáveis pelo ataque a embaixada, tomam às manchetes pelo radicalismo e extremismo, mesmo sendo um variação de interpretação apenas do Séc. XVIII que não adoram Maomé, são convictos dos costumes do início do Islã, odeiam o materialismo do Ocidente e pregam austeridade na vida pessoal.

O interessante é que a partir do pensamento de Syed Qutb, importante escritor mulçumano, quando visitou o USA e escreveu em carta a um amigo: “Gostaria de encontrar alguém com quem conversar sobre assuntos humanos, moral e espiritualidade, não apenas dólares, estrelas de cinema e carros”, podemos ver que o radicalismo não é premissa da religião, e sim, de alguns grupos radicais, mas eles são diametralmente diferentes do American way of  life.

Mas seria isso mesmo, neste mundo pós-moderno onde um filme amador em menos de três dias cria uma crise de extremismo, considerando uma ofensa ao Deus Alá dos muçulmanos, tornando tudo em uma explosão de violência, que é ferramenta de expressão de defesa dos dogmas radicais, e já, da então,tão próxima eleição americana, podendo vir a causar um acirramento dos humores com a velha demonstração de força da direita americana, que leva à morte de jovens militares e civis inocentes, apenas pela vindita e retaliação, falando no mesmo idioma dos radicais, e com o famoso braço pesado do imperialismo e sua política de dois pesos e duas medidas no que se refere aos países daquela região, confundindo sua ação com os que eles apontam como delinquentes.

Espero que o ânimo seja de temperança, e que os passos e as palavras sejam medidas, não interessa para o mundo mais um capítulo desta novela do oriente médio, que por baixo de todos os simulacros, só compreendo o interesse no comando da maior área de extração de combustível fóssil. Tenho a esperança que a justificativa da economia não derrote novamente, nossa humanidade, já tão esquálida.


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