sábado, 6 de agosto de 2011

Liberdade e genocídio.



Chamar um genocídio moderno, como o do final da II Grande Guerra, de rosa, só dá para permitir como licença poética, no máximo seria um cogumelo venenoso, não, nem isso, o cogumelo não tem a intenção de matar. A música é tocante e a letra sublima um momento nefasto de tal forma que só a arte tem o direito de fazer. E o fato é um ápice da "Estúpida e inválida" ação humana, a partir do pensamento, também nefasto, nascido na então esquálida Europa, que tinha sido o berço da "civilização", mas passava por uma crise de ideal e econômica.

Um pensamento nascido numa terra então infértil de esperança e cheio de "Rotas alteradas", foi base do totalitarismo, de um nacionalismo xenófobo e na violência do estado. Tudo isto permeado por uma visão religiosa e iluminista deturpada e baseada nas técnicas de propaganda em massa e culto a personalidade e de signos – Tudo que não é muito estranho a humanidade – que deu no holocausto como destino do absurdo no humanismo, que nem para eles era o motivo fim, mas apenas uma extirpação de um mal, uma limpeza.

Mas mesmo toda essa inquietação não admite o que veio depois, na corrida armamentista do racional a partir de conceitos físicos modernos, a criação da bomba atômica, e com o motivo de finalizar mais rapidamente a guerra aguerrida contra os filhos do sol nascente, foi usada de forma indiscriminada contra civis, para causar o maior temor possível, e não contra alvos militares onde o alvo menor era passível de erro e de movimento pífio, e enfim, contra alvos econômicos, talvez com o motivo escuso de enfraquecer ainda mais o derrotado. Todos os motivo racionais para causar o mais espetacular e tétrico flagelo a todos nós, humanos, e aos japoneses em particular. E em nome da liberdade, o ideal humanista pelo iluminismo. E que foi ainda perpetuado por vários anos e exigiu mais vidas, como preço durante a guerra fria, tudo pelo poder econômico e mercantilista.

Só dá para entender tudo isto reconhecendo a contradição humana, onde o maior armamento já pensado, trouxe a paz, mas não a Paz, pois era só medo. Medo que não existe no regime totalitarista e teocrático. E é este o absurdo que vivemos atolados até o pescoço.

Escreveu o velho Hank:

“…

Radiated men will eat the flesh of radiated men

The sea will be poisoned

The lakes and rivers will vanish

Rain will be the new gold

The rotting bodies of men and animals will stink in the dark wind

The last few survivors will be overtaken by new and hideous diseases

O velho solitário, e sacana, entendeu muito bem o nosso tempo.


4 comentários:

  1. caretas, militares, planilhas, fronteiras,...

    melhor o bar, a beira-mar, a casa de palha do amigo, a voz da mulher na cama dizendo, ainda é cedo...o cheiro do café tomando a casa de esperança azul da manhã q vem...

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  2. Hiroshima e Nagasáqui,a Besta do Apocalipse...O maior crime de guerra de todos os tempos e jamais
    julgado.Perdendo talvez somente para as atrocidades nazistas...
    E viva São Bukowski o santo beberrão...Auuuuuuuu!

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  3. Nós somos a nossa própria besta, como diz Hobbes, somos o lobo, aquele que caça o homem, o homem perdido, e o traz para a natureza, como no pensamento taoista, o trazemos para o perene.

    Na beira-mar, no clã, e um dia queira, sejamos super-homens engajados, e tenhamos como nossa família toda a humanidade, sem fronteira, acertou o paulista.

    Criamos uma arma terrível, com o único propósito de mater os mesmo de nossa espécie, e destruir este mundo conhecido.

    A vida não, a vida vai continuar de outra forma, matariamos às ingênuas testemunhas.

    Dias melhores e amenos, Senhores, e tenhamos espíritos livres!

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